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Coronavírus não é arma biológica; é só mais uma profecia se cumprindo

Postado em 02/Abril/2020

Assim que começaram a aparecer os primeiros casos de contágio pelo vírus causador da Covid-19, mais conhecido como “coronavírus”, os adeptos de teorias de conspiração passaram a alardear nas redes sociais a ideia de que esse vírus teria sido resultado de pesquisas humanas que originaram uma arma biológica de destruição em massa. Ocorre que a análise de dados públicos da sequência do genoma desse vírus comprovou que o organismo não foi produzido por cientistas chineses, mas se trata de uma mutação natural. O artigo com essa conclusão foi publicado na prestigiada revista científica Nature Medicine. Kristian Andersen, um dos autores do estudo, disse: “Ao comparar os dados disponíveis da sequência do genoma para cepas conhecidas de outros coronavírus, pudemos determinar firmemente que o SARS-CoV-2 se originou a partir de processos naturais.”
Segundo os pesquisadores, se algum cientista terrorista estivesse tentando projetar um novo coronavírus como arma biológica, ele o teria construído a partir de um vírus já conhecido por causar doenças. Só que o novo coronavírus é bem diferente dos micro-organismos já conhecidos, assemelhando-se principalmente aos vírus encontrados em morcegos e pangolins, daí a suspeita de que a epidemia foi originada pelo hábito deplorável de alguns chineses se alimentarem da carne desses animais e de outros igualmente impróprios para o consumo humano.
Descartada a tese conspiratória da origem do coronavírus, pelo menos três aspectos devem ser avaliados no bojo dessa pandemia: (1) trata-se da desconsideração para com as leis dietéticas bíblicas; (2) trata-se do cumprimento de mais uma profecia bíblica; (3) o Partido Comunista Chinês não criou uma arma de destruição em massa, mas tem culpa, sim, na disseminação do vírus. Vamos por partes.
A Bíblia é muito clara com respeito aos tipos de animais que podem (não significa que devem) ser consumidos pelo ser humano (veja mais aqui). Após o dilúvio de Gênesis, numa situação emergencial, Deus permitiu que Noé e a família dele utilizassem carne como alimento. Quando representantes das espécies originais criadas por Deus entraram na arca, a distinção entre limpos e impuros já foi feita, e esse conceito seria deixado ainda mais claro em Levítico 11 e outros textos bíblicos. Basicamente, apenas os ruminantes com as patas fendidas e os peixes com escamas e barbatanas poderiam ser comidos, bem como algumas aves específicas. Teimosamente, o ser humano come e bebe o que bem entende; depois tem que lidar com as consequências que, infelizmente, muitas vezes atingem a todos – como é o caso desta pandemia atual, mas também quando pessoas embriagadas atropelam inocentes, para citar mais um exemplo triste. Quando o ser humano vai aprender que as leis de Deus visam à proteção de Suas criaturas e que a violação delas cedo ou tarde traz sérios problemas?
O coronavírus não cumpre alguma profecia específica, como querem alguns conspiracionistas que mais assistem ao desenho animado “Os Simpsons” ou ficam lendo cartas de baralho satânicas do que estudam a Bíblia com uma hermenêutica consistente e responsável. A epidemia de coronavírus (assim como outras) está inserida em um cenário profético maior, especialmente descrito por Jesus em Mateus 24 e Lucas 21. Ali o Mestre menciona pragas/doenças como um dos sinais da proximidade do fim, ou seja, da segunda vinda dEle. Quanto às tais “cartas illuminatis”, seria bom reler Isaías 8:19, 20 e Amós 3:7. O que é relevante para nós sobre o mal e seus planos, Deus revela na Bíblia, por meio de Seus profetas.
Em uma thread no Twitter, o fundador do site Spotniks, Rodrigo da Silva, afirma que “durante quase dois meses, enquanto o vírus se alastrava, o Partido Comunista Chinês aprisionou e intimidou médicos e jornalistas, controlou o fluxo de informação, minimizou os riscos do surto, não ampliou leitos de UTI, nem combateu mercados silvestres”. De acordo com oficiais chineses citados por Rodrigo, o primeiro caso de Covid-19 aconteceu no dia 19 de novembro de 2019, e o primeiro indivíduo a testar positivo para a doença apresentava sintomas em 8/12. Segundo o The Lancet, o paciente zero foi exposto ao vírus no dia 1/12. A falta de condições sanitárias de um mercado de animais silvestres em Wuhan, prática comum num país que não oferece segurança alimentar, foi fundamental para o surto. Só depois do Sars-CoV-2 tardiamente o governo chinês prometeu acabar com a prática.
Rodrigo mostra também um artigo publicado em 2007 por médicos de Hong Kong no qual já se alertava que havia reservatório de coronavírus em morcegos, e que o hábito do sul da China de comer “mamíferos exóticos” era uma “bomba relógio”. Mas nada foi feito.
“A China é uma ditadura sem liberdade de expressão, de imprensa, política e religiosa, com opositores e ativistas de direitos humanos reiteradamente presos, torturados e condenados a campos de reeducação”, diz Rodrigo. “Foi nesse país que o Sars-CoV-2 se espalhou. Em 2002, as informações sobre um outro coronavírus, o Sars-CoV, foram reprimidas pela ditadura chinesa, condenando centenas de pessoas à morte. Tardiamente, o Partido Comunista admitiu os erros e demitiu o ministro da Saúde e o prefeito de Pequim. Como a preocupação de ditaduras é com a estabilidade do regime, e não com o bem-estar da população, sem enfrentar grandes resistências, o governo chinês teve com o Sars-CoV-2 os mesmos incentivos para novamente negligenciar uma pandemia de coronavírus.”
A thread informa ainda que no dia 30 de dezembro de 2019, quando a Covid-19 adoeceu sete pacientes em um hospital de Wuhan e um médico, Li Wenliang, tentou avisar outros médicos, a polícia chinesa o obrigou a assinar uma declaração de que seu aviso constituía “comportamento ilegal”. Li Wenliang e outros sete médicos de Wuhan foram obrigados a assinar um documento admitindo “espalhar mentiras”. Isolado no trato de seus pacientes, sem amparo oficial, Li acabou contraindo coronavírus e falecendo, aos 34 anos. Entre o início de dezembro e 19 de janeiro, o Partido Comunista Chinês minimizou o surto a um problema local, limitado a um pequeno número de clientes de um mercado de Wuhan. Qualquer que fosse a causa da doença, eles diziam, “não era nada parecido com a Sars”.
O Partido Comunista controla todas as redações de jornal do país. Segundo a Reporters Without Borders, em 180 países listados, a China é o 177º em liberdade de imprensa. Não há acesso no país à BBC, NYT, The Guardian, WSJ, Reuters, TIME, NBC… Controlando a internet e os veículos de imprensa, o Partido Comunista Chinês não teve qualquer dificuldade em atrapalhar o fluxo de informações da população sobre o coronavírus, colaborando ativamente para que o surto se transformasse numa pandemia.
Outro médico, Wang Guangbao, admitiu mais tarde que a especulação sobre um vírus semelhante à Sars era forte nos círculos médicos no início de janeiro, mas que as detenções dissuadiram muitos, inclusive ele próprio, de falar abertamente a respeito.
Lamentável tudo isso. Mas agora não adianta mais ficar apontando culpados. Temos muito o que fazer para lidar com essa praga e ajudar os doentes. Precisamos colaborar com as autoridades sanitárias e cuidar da nossa saúde e da nossa família. E, claro, tirar lições e fazer reflexões, como a do Dr. Rodrigo Silva, no vídeo abaixo:
Segundo a organização internacional Portas Abertas, que ajuda cristãos perseguidos em todo o mundo, na Coreia do Norte quase 200 soldados podem ter morrido por causa do coronavírus. Difícil confirmar, pois, como acontece na China, a igualmente comunista Coreia do Norte controla as informações, oprime seu povo e não revela os fatos.
Segundo um líder do Portas Abertas no país, muitos norte-coreanos têm um sistema imunológico fraco. “A maioria das pessoas passou por períodos de desnutrição grave. Uma epidemia de vírus seria desastrosa para eles. Mesmo em países altamente desenvolvidos, o sistema de saúde está sob enorme pressão. A Coreia do Norte não tem meios para ajudar seus cidadãos, se houver um surto grave”. Para piorar a situação dos norte-coreanos, as colheitas já estavam ruins, e agora eles precisam fornecer alimento para os militares primeiro. “Não há comida suficiente para o inverno e para a primavera”, diz um cristão que não pode ser identificado.
A pandemia poderá servir de catalisador
Interessante notar como em tempos de crise e medo as pessoas abrem mão de suas liberdades e as autoridades tomam medidas drásticas, como prender quem descumprir a quarentena, monitorar com drones a vida das pessoas a la Big Brother de Orwel, etc. Por causa de um único novo vírus muita coisa mudou na rotina do planeta. E foi muito rápido! Imagine o que vai acontecer no futuro com problemas ainda maiores nas áreas da saúde, da economia e do meio ambiente. Falando em meio ambiente…
Já está sendo destacada na mídia a vantagem de as pessoas se recolherem um pouco. Toneladas de dióxido de carbono deixaram de ser jogadas no ar , rios estão mais limpos, famílias estão mais próximas, etc. Questão de tempo para que o papa utilize esses números para reforçar seus argumentos socioambientalistas ECOmênicos.
Enquanto isso, outras vozes, como a da líder na área de filosofia e espiritualidade Preetha Krishna, ajudam a preparar o terreno para as ações que se seguirão. Seu discurso tem raízes no budismo e no panteísmo praticados na Índia. Confira:
Sem dúvida, trata-se do tipo de discurso que fortalece a narrativa ECOmênica, criando medo e predisposição para a aceitação de medidas de “contenção de danos”, como a apresentada pelo maior líder religioso do mundo, o papa, em sua encíclica dominguista Laudato Si. Em meio ao pavor, católicos e protestantes, evangélicos e espiritualistas, crentes e ateus, e até inimigos declarados se dispõem a trabalhar juntos. Quem discordar de alguma proposta de salvamento do planeta será tido como persona non grata, inimigo do bem comum. Quem viver verá…
Tempo de reflexão
Nesta hora de desafios, podemos fazer algumas reflexões. Uma delas é sobre a inutilidade de cultos e religiões que apregoam a cura indiscriminada de doenças. A maior ironia de todas, nesse caso, é ver vazias igrejas que têm como elemento de atração as reuniões de cura, nas quais a pregação da Palavra é apenas um detalhe. Devemos entender de uma vez por todas que Deus é soberano. Ele cura quando e se quiser. Certa ocasião, o apóstolo Paulo orou pedindo cura para um problema de saúde. A resposta de Deus foi que a graça dEle bastava para Seu servo. Paulo não foi curado! E se não foi curado é porque o Senhor tinha um propósito naquela doença, assim como tem um propósito em tudo o que está acontecendo com o mundo neste momento.
Não, Deus não é o causador das doenças e das mazelas que afligem a humanidade desde que Adão e Eva deram a mordida no fruto da rebeldia. O pecado é a causa de tudo isso. Mas nosso Pai celestial usa essas situações tristes para nos lembrar de que este não é nosso lar; de que esta não é a vida que ele planejou para nós; e de que em breve tudo isso terá fim.
Aproveite o isolamento social para estreitar seus relacionamentos em família. Aproveite esse período de reclusão para estudar a Bíblia, aprofundar sua relação com Jesus e se preparar para a vinda dEle. Leia bons livros, faça um curso útil (algumas universidades já disponibilizaram cursos gratuitamente) e ore pelos profissionais de saúde que neste momento estão arriscando a vida no cuidado dos doentes. Ore sobretudo para que as pessoas percebam que este mundo está com seus dias contados e que é hora de nos aquietarmos e saber que o Senhor é Deus (Salmo 46:10). Ele está sentado sobre o trono universal; Ele está cuidando de tudo; Ele cuida de você.

Michelson Borges
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